terça-feira, 23 de novembro de 2010

"International Herald Tribune"


Patrimônio, tradição, herança. Essas são as palavras da vez, mas não pense em caretice pelo simples fato delas evocarem o passado. A ideia é olhar pra trás, pro futuro se construir mais sólido. É isso que está em discussão em Londres, em mais uma edição da conferência de luxo do “International Herald Tribune”, que começou no dia (09/11) e se estende até hoje.
Já passaram pela “Heritage Luxury” nomes como Karl Lagerfeld, Alber Elbaz (da Lanvin), Christopher Bailey, Patrizio di Marco (da Gucci), Paul Smith, Tommy Hilfiger, 3 gerações da família Missoni e até Victoria Beckham, que apesar de ser uma recém-nascida no ramo perto dos outros colegas, fez palestra surpresa por lá. Quem recebeu todos para conversar sobre o tema central do evento foi Suzy Menkes, como já é de costume.
E separamos as melhores frases das mais profundas às mais polêmicas:
Suzy Menkes dá o chute inicial:
“Uma marca de luxo precisa ter história para ter um futuro? A geração deste milênio liga pro passado?”
Alber Elbaz:
“Tradição é bom, mas pode se tornar uma fórmula – e aí não há nada mais perigoso. Herança é ter um lindo sobrenome que pode abrir portas. Eu me pergunto: Lanvin é herança ou tradição?”
“Minha herança é definida por algo que minha mãe me disse: seja grande em seu trabalho, mas pequeno em sua vida. Seja modesto, seja bom”
“Minhas melhores inspirações surgem quando estou no sofá comendo batatas, só sonhando e pensando…”
Christopher Bailey:
“O novo projeto da Burberry é o Burberry Bespoke. Um serviço personalizado de trench coats onde o consumidor pode customizar as peças online. São 12 milhões de opções mudando botões, forros, etc”
Patrizio di Marco, CEO da Gucci:
“O sonho de Guccio Gucci era criar produtos que fossem coerentes com as necessidades de seu tempo, mas que também fossem inovadores no futuro”
“’Made in Italy’ é mais do que uma etiqueta. Significa uma responsabilidade com nossos contratados”
E sobre Tom Ford fazer parte da herança da marca:
“Sim, ele fez. E aí Frida (Giannini) foi do sexo para o sensual”
Paul Smith:
“O maior problema das marcas com herança é como cativar os jovens. Porque é o que a mamãe e o papai gostam”
“Pegue algo que você normalmente usaria em preto e faça-o em pink
Rosita Missoni:
“Brigas de família fazem parte do zig zag da vida”
Angela Missoni:
“A melhor coisa em uma empresa familiar é que você aprende a ser mediador. Mas as vezes isso também pode atrasar o processo”
Margherita Missoni:
“As pessoas que vão aos nossos desfiles não necessariamente ficam satisfeitas à 1ª vista, mas acham bonito da 2ª vez”
Victoria Beckham:
“Eu vivo em Los Angeles. Minha marca é britânica. Na maioria das vezes eu estou de roupão no Skype com minha equipe”
Karl Lagerfeld:
“Se você quer reviver algo, você não pode fazê-lo com muito respeito. É o beijo da morte.”
Coco (Chanel) gostava de modelos que parecessem com ela quando era nova”
“Eu estou ali para ser usado. Eu gosto de ser usado, mas só do jeito que eu acho que devo ser usado. Ninguém me diz o que fazer na Chanel”
“Eu sou um cocktail”
“Não uso muito computadores – eles fazem o que o seu cérebro deveria fazer. Mas acho eles bonitos”
(VIA: Lilian Pacce).

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