quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Citizen K" in Brazil...

A “Citizen K” vem para o Brasil. O homem por trás dela, chamado Kapauff, também – só que ele já chegou e, antes que pudesse voltar para casa, falou ao Blog LP sobre a mais nova revista de lifestyle fashion a chegar nas bancas brasileiras. Confira a entrevista.
Kapauff, da revista “Citizen K”
A “Citizen K” é uma revista de luxo, mas também é conhecida por ser uma revista de luxo que custa €1.
Nós nos chamamos de revista de luxo mas, na verdade, não somos. Isso é apenas marketing. Somos uma revista de lifestyle e cultura.

O que você chama de luxo?
Um sonho – não uma ilusão.

E o que você chama de revista de luxo?
Uma outra coisa. O luxo não pode ser algo estabelecido mas a “Vogue”, por exemplo, é algo estabelecido. Nós somos escandalosos. Foi um escândalo na França quando lançamos uma revista que custava €1. Os editores franceses ficaram furiosos. Acho que se tivesse feito isso na Rússia, a máfia teria mandado me matar [risos].

Por que colocar esse preço na revista?
Não é a quantia paga por uma revista na banca que te dá dinheiro, são os anunciantes. Então não há razão para uma revista desse tipo na França custar entre 4 e 5€, realmente. Vender uma dessas por 1€ é marketing para o mercado de massa. Agora, cada uma das revistas lançadas lá fora saem ao custo de 1€ – eu fiz isso há 10 anos. [Pausa] Eu sou de Áries.

Áries?
Pessoas de áries são pioneiras, eles mostram o caminho aos outros. A proposta da revista, como eu, é provocateur.

A última edição, com Roxane Mesquida por Grégory Derkenne
O que o trouxe ao Brasil?
Eu venho aqui há 10 anos, passar 2 semanas no fim do ano de férias com meus amigos [brasileiros]. Eu amo o Brasil. Sua arquitetura e suas cirurgias plásticas são muito interessantes. Tivemos uma edição inteira da revista dedicada ao Brasil em 2008. E na última revista publicada demos uma página para um jovem estilista brasileiro, Pedro Lourenço. Tenho uma relação de coração com o Brasil. A energia aqui é muito boa. A cultura também, tudo misturado. As pessoas vão da extrema felicidade para o extremo desespero em um instante – eu me identifico com isso. Venho por isso, mas também para lançar a “Citizen K” Brasil.

Quando?
Até setembro. Ou em setembro. Quero estar no Brasil mais do que quero estar na Rússia, nesse momento. Lançamos a “Citizen K” Rússia há quatro anos e, apesar da crise que o país está enfrentando, estamos indo muito bem. Somos a segunda revista mais vendida da categoria lá.

Pretende lançar a revista em outros países?
Sim. A Coréia, o Japão e os Emirados Árabes me interessam.

Como será a “Citizen K” Brasil?
Internacional, assim como todas as outras edições. O nome da revista é “Citizen K International” e a palavra “international” não está lá de enfeitinho. Teremos uma flagship brasileira, mas vou trazer a equipe para trabalhar aqui. Apesar disso, não será uma publicação local – não existe mais tal coisa como algo “local”, o mundo não é “local”, o mundo é global. Por isso tenho colaboradores da Argentina e da Bélgica dividindo o mesmo espaço na revista. Nessa viagem encontrei alguns brasileiros.

E o que você faz no Brasil, quando não está numa viagem de negócios?
Me divirto. Vou a lugares como a Livraria da Travessa mas prefiro os lugares que os brasileiros não gostam, tipo a Barra da Tijuca. Adoro lá! A Praia do Pepê também – os jogadores de futebol, aquela coisa toda… eu amo.


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