segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tom Ford por um outro ponto de vista...

No último fim de semana finalmente consegui colocar minhas mãos na Vogue Paris Dez 2010/Jan 2011, todinha editada por Tom Ford. Minhas altíssimas expectativas não foram frustradas e a edição promete ser daquelas históricas, difíceis de superar, que todo mundo deve ter na estante, sabe? Todas nós sabemos que Tom Ford vê as mulheres de forma über sexy – e o sexo, traço forte de sua carreira, está presente por todo o exemplar, super sofisticado e sedutor, mas foi muito bonito ver um outro lado dele, mais pessoal. As entrevistas com Tom Ford são lindas, assim como a matéria sobre seus pais e sua infância, recheadas de fotos que deixam claro que a genética nos Ford é das boas, mas uma declaração sua no editorial de joias, para mim, traduz a alma dessa edição: “Estou cansado desse culto à juventude, da rejeição cultural da velhice, da estigmatização das rugas, dos cabelos brancos. Sou fascinado por Diana Vreeland, Georgia O’Keefe ou Louise Bourgeois, das mulheres que deixaram o tempo as abraçarem sem jamais trapacear. A sociedade hoje em dia condena isso, eu celebro.” Junte isso à declaração de amor apaixonada de Ford a Richard Buckley, seu parceiro há 24 anos, no final da edição, e você terá um olhar maduro e muito bem fundamentado da real beleza do ser humano. Foi o máximo ver uma Vogue com modelos de faixa etária bem mais elevada que o normal e roubando a cena das mais novas, e mais genial ainda foi fechar a edição dessa forma tendo começado com crianças maquiadas e cheias de joias. Coisas de Tom Ford.

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